story:tell:her

28.2.05


Porque o chão é muito melhor ao natural, sem manta.

Estas calças escorregam, não é uma mãe que tenta encavalitar-se numa criança de 15 meses.

A Agostinha e a Benedita eram duas porcas giras que viviam lá na casa amarela. O avô João acha graça a isto de criar os bichos. Veio a família - quatro gerações - e os amigos para comer do pote, a Mariana teve muitos colos, comeu arroz de feijão e alguma terra.

Pá-pá-pá

Como faz o pato? Pá-pá-pá. É justo, senão chamava-se quato.

Mothern


No sábado de manhã a mother e a piolha lá foram para a Gulbenkian, para ver a exposição. O lobby é muito confortável e a Mariana divertiu-se imenso a correr por entre os sofás, atrás do aspirador e a meter conversa com os seguranças. As escadas foram subidas e caídas várias vezes. Estava quentinho. Claro que quando a mother, apesar de modern, quis por a piolha no carrinho para entrar na exposição propriamente dita tudo se complicou. Gritos, esperneios, embaraço. A mother retira o gremlin do carrinho com a esperança tola de que, no máximo, se esfregasse no chão e fizesse cucu por entre os painéis. Wrong. Uma vez livre participou imediatamente no Scramble for Africa. Ok, vamos ver os patos lá fora.

26.2.05

Mesclas


Novelos novos, com cores de primavera. Coletes? Gorros?

Puf, Puf


Rosa, Verde, Laranja


Finalmente. O estilo livre da piolha. E da mummy.

25.2.05

Belly-Virus


Huuummm, o doutor disse que a piolha tinha uma gastroenterite, provavelmente viral. Ora eu há 2 dias que ando indisposta. Ora eu agora tenho cólicas e diarreia. Ora estas coisas virais pegam-se muito facilmente. E eu que na barriga só queria era ter um piercing a tempo do verão.

The score

O pai, a mãe, a Ângela e a avó Elvira já levaram beijinhos do Gremlin. É tãaaaaaaaaao bom.

Mas porquê?

Sim, porque é que os miúdos se portam pior ao pé dos pais? Não acho bem nem justo. Segundo relatos vários, a piolha não guincha, nem esperneia, nem choraminga quando eu não estou presente. O que quer dizer que eu tenho um efeito desestabilizador no seu comportamento. Ah! Mas porquê? Eu dou-lhe tantos mimos como ralhetes, passo a vida a dizer não-qualquer coisa porque ela passa a vida a tentar fazer parvoíces putativamente perigosas e lesivas da sua integridade física, mas também damos muitos passeios e brincamos com bolas e plásticos da cozinha. Pois não acho nada bem. Porque é que é normal? O Brazelton diz que é normal. Não gosto nada das choraminguices. Nem do nariz entupido, nem da tosse que voltou, nem da diarreia que ainda não passou e que o médico desvalorizou. Voto contra isto tudo e a favor do verão. Nunca mais é verão.

24.2.05

Galinhices

Tenho que vir aqui encomendar uns novelos.

trendy.ppt


Hoje ao fim da tarde vou dar um seminário. Fiz uma apresentação com estas bolas. Sou uma fashion victim do power point.

Memórias 3


Às vezes tenho saudades de ser Smart. De pés e de cabeça.

23.2.05

Desafio


Ir com os colegas da aula de arte contemporânea ver esta exposição e levar a Mariana comigo.
Curo-me da má disposição.

I don't care if Monday's blue
Tuesday's grey and Wednesday too
Thursday I don't care about you
It's Friday I'm in love
Monday you can fall apart
Tuesday Wednesday break my heart
Or, Thursday doesn't even start
It's Friday I'm in love
Saturday wait
And Sunday always comes too late
But Friday never hesitate...
I don't care if Mondays black
Tuesday Wednesday heart attack
Thursday never looking back
It's Friday I'm in love
Monday you can hold your head
Tuesday Wednesday stay in bed
Or Thursday watch the walls instead
It's Friday I'm in love
Saturday wait
And Sunday always comes too late
But Friday never hesitate...
Dressed up to the eyes
It's a wonderful surprise
To see your shoes and your spirits rise
Throwing out your frown
And just smiling at the sound
And as sleek as a shriek
Spinning round and round
Always take a big bite
It's such a gorgeous sight
To see you eat in the middle of the night
You can never get enough
Enough of this stuff
It's Friday
I'm in love

22.2.05

Oriento-me


Gosto de jardins japoneses.
Gostei de Japanese Story, um filme com a Toni Colette. Passa-se no deserto Australiano, mas tem um japonês, uma primeira parte quase aborrecida, uma reviravolta, uma segunda parte pela qual vale a pena ultrapassar a primeira. E tem a Toni Colette. Já tinha dito. Mas é que ela está mesmo bem.
Gostei muito do Herói, que não e japonês é chinês.
Gosto de haikai.
Gosto de padrões japoneses. Ando a namorar na Fnac dois livros com padrões japoneses de bordados. Em boa verdade nunca vou bordar nada, mas os desenhos são tão lindos.
Gosto de camélias.
Desenhei uma para mandar fazer um carimbo.

Memórias 2


É terça feira
e a feira da ladra
abre hoje às cinco
da madrugada

E a rapariga
desce a escada quatro a quatro
vai vender mágoas
ao desbarato
vai vender
juras falsas
amarguras
ilusões
trapos e cacos e contradições

É terça feira
e das cinzas talvez
amanhã que é quarta-feira
haja fogo outra vez
o coração
é incapaz
de dizer
"tanto faz"
parte para a guerra
com os olhos na paz

É terça feira
e a feira da ladra
quase transborda
de abarrotada

E a rapariga
vende tudo o que trazia
troca a tristeza
pela alegria
e todos querem
regateiam
amarguras
ilusões
trapos e cacos e contradições

É terça feira
e a feira da ladra
fica enfim quieta
e abandonada
e a rapariga
deixou no chão um lamento
que se ergue e gira
e roda com o vento
e rodopia
e navega
e joga à cabra-cega
é de nós todos
e a ninguém se entrega

Verde


Ontem lá fui à farmácia queixar-me da diarreia e saí cheia pacotes, um folheto e um sentimento de culpa. Parece que a diarreia é um big No nas crianças. Perdem sais e perdem peso e perdem água e saúde e ai,ai. Papa de arroz, leite especial, ultralevure e sais. Hoje já fez um poop mais preso, viva. E até comeu aquela mistela e bebeu o leite viscoso e foi dormir connosco lá para as quatro da manhã, que está muito mais quentinho e posso dar cabeçadas à mãe e pontapés ao pai. Tão querida, ressona baixinho.
Verde é cor de jardim e estas são as folhas da árvore das tulipas que a Mariana adoptou no Jardim Botânico. Verde é a minha cor do momento. Estão uns sapatos esbranquiçados com um atacador verde assim torto. Dizem que são ecológicos, o que quer que isso queira dizer para sapatos. As vacas são ecológicas, o algodão é ecológico, mas e a borracha da sola? Whatever.

21.2.05

Blue


Eu. Hoje. Apesar do cor-de-rosa nacional. Entalei o polegar no armário. Saí de casa com ela aos gritos e a Eugénia a tentar mostrar-lhe ao mesmo tempo todas as coisas de que gosta, para distrair. Um carrinho por uma mamã. Um ta-tá por uma mamã. Preciso de ir ao cabeleireiro. Só me apetece fazer aquilo que não tenho que fazer. Ou não fazer nada. Ainda me dói a nevralgia do peito e estou cansada. Ela está ligeiramente constipada. Eu persigo-a com o esguicho do soro e tento que fungue para fora. Sou uma chata. Ai o que me havia de acontecer, tornei-me uma chata. E ainda assim ela chora por mim. Tropeçou, tem a ponta do nariz arranhada, a filha. Eu tenho a disposição arranhada. Querida Pat, mil abraços, na espera.

A Mariana tem diarreia. Não sei bem o que fazer. Já estou farta de lhe impingir arroz. Tentei a banana mas só serviu para lhe dar vómitos. Será vírus, será dentes? Dentes serão certamente, que a chuva não bate assim.

Milestone


O rectângulo está cor-de-rosa. Viva.

18.2.05

Wish list 4


Cinco das seis sondagens publicadas hoje pela imprensa portuguesa dão maioria absoluta ao Partido Socialista nas legislativas de domingo (Público).
Não é que eu seja uma fã de absolutismos, mas é preciso andar para a frente.
Estou a acabar a camisola rosa e verde da Mariana para estrear no domingo. For luck.

17.2.05

Esquecer Rodin


Porque o melhor beijo do mundo foi dado ontem à noite, de espontânea vontade, com boquinha encostada e barulhinho, na bochecha do pappy. Ele ficou eufórico, o que é justo, afinal sempre é o primeiro beijo da vida dela. A mummy ainda conseguiu um segundo exemplar, antes de começar o racionamento da gracinha nova.

Nos pés


A Mariana tem uns sapatos novos. Eu ando a experimentar mentalmente a montra da Camper.

Hostege to fortune


Que isto nunca seja invocado como incentivo às duas rodas motorizadas.

Memórias 1


Nós já fomos gordas.

Back in town


A minha mãe é uma MCM (mulher com maquilhagem). Eu sou uma MCO (mulher com olheiras). A minha mãe já tentou várias vezes convencer-me da responsabilidade social de usar maquilhagem quando temos má cor. Eu ontem voltei à cidade sob a forma de MCM de terracota.

15.2.05

Na urna, à esquerda

Acabei de consultar o site da Comissão Nacional de Eleições e já estou mais descansada: posso votar sem BI mas com carta de condução ou por atestado de identidade por parte de dois eleitores que o declarem sob compromisso de honra. Ora 1)eu tenho carta de condução e 2)os meus pais votam na mesma escola que eu e acho que me poderiam declarar eu própria sem grande esforço.
É que eu acho votar um dever. Só falhei o referendo do aborto em 98 porque estava na Escócia. Fico sempre ligeiramente nervosa quando enfrento o boletim de voto, não porque não saiba o que fazer, mas pela excitação de o fazer.
Nos anos 70/80 os meus pais eram politicamente activos. Passámos muitos serões na Secção, eles em sessões de esclarecimento e eu a transpirar brincadeiras. Lembro-me perfeitamente do primeiro recenseamento e das tostas mistas comidas às tantas da noite. Fui a muitos comícios e manifestações. Lembro-me de chorar imenso à porta da prisão de Caxias porque tinhamos lá ido gritar a não me lembro quem que era Amigo e a gente está contigo e eu de repente achei que iam prender os meus pais. Naqueles tempos comemorava-se tudo e havia sempre o recanto dos miudos com frascos de iogurtes cheios de tintas coloridas e papel manteiga. Eu sabia desenhar barcos, moinhos, cravos e um punho. Às vezes tenho saudades do voluntarismo daqueles tempos, da motivação, dos poemas e das canções, da intervenção. Hoje isso parece tudo muito demodé. Sim por não a Mariana já se manifestou duas vezes: em Monsanto contra o Santana Lopes, a Feira Popular e outras bizarrices e à frente do Palácio de Belém, por eleiçoes antecipadas. E ganhámos.

Tenho saudades da minha piolha. Já não a vejo há quase dois dias. Ouço-a quando falo ao telefone. O avô João bem se esforça para que ela fale, mas eu sei que fica com aquele ar curioso e tenta é por o telefone na boca. Cuidado para não ficar com verdete como aconteceu ao meu.
Estou a trincar um quadradinho de chocolate, que ainda não me sabe a muito, para tentar ultrapassar a carência. Apetece-me chorar um bocadinho, mas vou resistir à auto-comiseração. É claro que ela não vai ficar zangada comigo, nem por isto nem pelos esguichos de soro que lhe enfio no nariz, ou por lhe vestir as camisolas que ficam sempre um bocadinho torcidas, ou por proibir de mexer nas tomadas, por ter o gorro sempre à mão, por não deixar comer porcarias do chão, incluindo pedras da calçada, por não deixar mexer em todos os cães, enfiar as mãos na sopa ou subir as escadas sozinha. Pois não vai nada. E ainda há-de saber dizer bem Mamã.

Sem Pff nem Schleap

Com isto da gripe perdi o cheiro e o sabor. É muito esquisito e dificulta bastante a alimentação. Lembrei-me das histórias clínicas do Oliver Sacks e do António Damásio. Entrevistei o AD quando estava já bastante grávida da Mariana e ele foi muito simpático. Autografou-me o livro com votos de best wishes para o bebé. Até fiquei com pena de não gostar mais dos livros dele. Prefiro o Sacks. Acabei de procurar na estante O homem que confundiu a mulher com um chapéu. Tem uma ilustração de um chapéu de coco Magritte que diz Ceci est ma femme. Giro.

14.2.05

Wish list 3

Uma massagem. Ou mesmo várias.

Agora vou voltar para aqui um bocadinho.

Frágil


Snif. Hoje há knitting meetup e eu não posso ir. Tenho tanta pena. O Frágil vai abrir de propósito para as tricotadeiras. Buáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

14 de Fevereiro


Verdade matemática: 3=2+1
Verdade parental: 3=1+1+1
Exercício: 1+1=2
Queres?

To whom it may concern*

Estou de baixa. Hoje e talvez amanhã. Só não estou de baixa oficial porque a FCT ainda não domina a legislação laboral. A baixa por doença até já consta do novo Estatuto, mas ainda não funciona. Em Dezembro tive uma conversa risível com um técnico, que me explicava que para suspender a bolsa por doença era necessário apresentar o relatório de actividades. E provavelmente saímos da folha de pagamentos para voltar com grande dificuldade.
Assim sendo eu estou aqui em casa, a fungar secreções. À tarde vou outra vez ao médico. Acho que lhe vou propor uma avença.

*nomeadamente ao Manel e ao André

Pressure


Ontem a caldeira subiu ao vermelho. De manhã já acordei cansada por causa da nevralgia (palavra extraordinária). Depois comecei a espirrar, a produzir imenso ranho (palavra muito feia, doravante referido como "secreção"), a ficar com os olhos inchados, a aquecer. Como a caldeira. À hora do almoço convoquei a ajuda dos avós para virem salvar a Mariana deste lar pressurizado. Motivos:
1-eu sou um foco infeccioso
2-é muito mais difícil tomar conta dela de olhos semicerrados e corpo dorido
3-a única maneira de eu poder ficar hoje em casa e descansar é ela não estar cá
Racionalmente, parece-me bastante normal e aceitável exportar a piolha para casa dos avós, especialmente em situação de calamidade maternal, mas a verdade é que não consigo evitar uma nevralgia de culpa. Antes da transferência ainda fomos ao jardim, eu a desculpar-me em discurso totó e ela a tentar comer a gravilha do chão.

12.2.05

15 meses*

OS PAIS "...têm de ficar atentos, observando a constante actividade do filho, para se certificarem que ele não se magoa e para evitarem que ele arranje problemas. As perguntas que me fazem e o modo como dividem constantemente a sua atenção mostram-me como é passado o seu dia-a-dia, evitando que o filho se destrua s si próprio e a tudo o que o rodeia.[...] A constante reorganização para descobrir um novo modo de lidar com a resistência da criança torna-se permanente ao longo do segundo ano. Quando os pais não são flexíveis, pode tornar-se um ano terrível. Encarado com sentido de humor, o segundo ano pode ser apenas difícil. É claro que conservar o sentido de humor durante este período é mais fácil de dizer do que de fazer."

O Grande Livro da Criança, T.B.Brazelton

Ah, pronto.

[*só faz dia 27, mas já deve contar]

Teleculinária


Na casa nova temos uma biblioteca, que é como quem diz uma sala com as estantes e a secretária, onde ainda falta uma poltrona e tempo para sentar nela. Estamos à espera da geringonça que vai deixar ter Internet no ar que respiramos pelo que o computador ainda está nesta secretária. Sempre que posto estou aqui e ela também. A brincadeira preferida é tirar os livros das estantes. Gosta particularmente do Pobreza e Fomes, Ciência ou Vodu, Innumeracy e da Teleculinária. Pronto, antes o chefe Silva do que os vinis ou a BD do pai.

Com canela

É sempre tempo roubado. Roubado ao trabalho, aos filhos, à vidinha. Passa a correr e falamos de muitas coisas, muito depressa porque há sempre muitas coisas para falar. Bebemos chá e comemos scones ou queijadas. Conheço-a há pouco tempo, mas até parece muito. Percebe o que eu quero dizer, mesmo se me atrapalho no discurso. Quem não me percebesse às vezes pensaria que sou tola, ou malvada, ou convencida, ou mal-agradecida ou self-pity. Tem uma filha pequena, como eu. Também tem dificuldades a tomar banho. É bonita e a filha dela também. Tem um gosto fora do comum, uma estética de vida que eu desejo que consiga partilhar ainda mais com o resto do mundo, que bem precisa dum bocadinho mais de cor-de-rosa.

11.2.05

A minha filha é um Gremlin


E molha-se muitas vezes. Guincha, grita, choraminga nem ela sabe bem porquê. Depois aquilo seca e fica adorável. Ri-se, ri-se muito, diz coisas giras (vai no P, pai, pão, papa, péu, popó), dá abracinhos, canta e dança. Tenta calçar as meias, os sapatos, traz o casaco e estende o braço (tentativa de ir à rua), finge que enfia o gorro e quase cai para trás, examina atentamente o funcionamento das grades, disputa ao pai o comando da televisão (boa, filha, dá-lhe!), faz a ronda dos tá-tás (relógios) da casa, despeja as gavetas da cozinha e "arruma" tudo outra vez. Desfolha os livros e já reconhece o cão, o pato, o popó e o Sr. Joaquim, mesmo de cabeça para baixo. Gosta da Pais e Filhos porque tem muitas fotografias de crianças. Mas lá que é um Gremlin, é.

10.2.05

Wish list 2


Se eu tivesses este casaco queria que chovesse.

P' animar


Eu não saio à noite, mas se saísse gostava de levar esta malita, umas calças de ganga e um daqueles tops de alças giros que se vendem no Inverno, o que quer dizer que é para quem sai à noite. E, se estivesse mesmo calor, estas sapatinhas.

Ao peito

A Mariana tem um olho negro, vulgo, ao peito. Eu tenho uns adesivos antidores no peito. A médica mandou-me fazer uma mamografia. Parece que já tenho idade para isso (desconfio é que depois de amamentar a piolha fiquei sem nada para grafar). No frango, eu prefiro o peito. O olho ao peito resultou duma cabriolice mal conseguida com aterragem na madeira da cama. Os adesivos duram 24 horas e depois lá arrepenho o velho para por outro novo e frio. Dói-me tudo na mesma.

FYI, a renovação de um BI implica uma certidão de nascimento, como se alguém renascesse assim, por perda de documentos. Não me anda a apetecer frango.

8.2.05

Quitoso

Definitivamente, estou mascarada de vítima. Depois do antibiótico diminuiu a tosse, é verdade, mas desde domingo que tenho umas dores legítimas e significativas debaixo do peito. Depois do Voltaren e do saco de água quente (e do Hospital onde a espera seria irreal) passei ontem várias horas no centro de saúde de Oeiras. Fui atendida 5h30m depois da inscrição inicial. Tenho uma nevralgia dos músculos do peito por causa da tosse que já quase não tenho. Nos pulmões nada de especial. Receitaram-me Aspegic que emborquei feliz com a miragem do alívio. Passei a noite a rebolar de dores de estômago. Tive mais dores esta noite do que no pós-parto. A minha filha chega daqui a bocado de casa dos avós e eu não sei como é que lhe vou pegar ao colo ou fazer o que quer que seja. Estou com pior cara do que sempre. Por favor, quero voltar a ser animada e, pelo menos, funcional. Descansa-me saber que não tenho nada grave, mas sinto-me completamente derrotada pelo factor dor, em loop. Tenho o texto do JL atrasado, como sempre, e a única coisa que me apetece fazer é continuar, almofadada no sofá, a tricotar a camisola freestyle para a piolha, que está tão free que já temo pelo style.

7.2.05

In progress


Estou a chegar à parte difícil da gola.

A páginas tantas


São marcadores de livros feitos pela Lénia. A mamã é da Paulinha, que tem uma pevidezinha na barriga e a fada da Glória, para quem encomendei três desejos.

6.2.05

Edinburgh revisited

Ontem parecia um sábado de Escócia. Eu, comigo, de azul escuro, os Stan Smith e o passeio pelas ruas, pelas livrarias, pelas lojas de roupa de miúda (cada vez mais Brit Pop). O almoço num café, a lasanha desenxabida, o capuccino e a tarte agradáveis, o Pub (desta vez para tricotar). Nice.

5.2.05

Péu a nanar


A Péu é filha biológica da Rosa, foi adoptada pela Mariana e eu sou a sua tutora.

A Péu vive no meu quarto e todos os dias brincamos um bocadinho as três, de manhã, quando ainda estamos de pijama e pulamos em cima da cama. A Mariana adora pular em cima da cama. Hoje não está cá a Mariana, mas a Péu faz-me companhia.

Nostalgia


A culpa é da minha mãe que me ofereceu umas meias azuis escuras.

4.2.05

Fechado para descanso do pessoal

A piolha vai para casa dos avós porque eles querem curti-la e eu estou cansada, tússica e com mau aspecto. 'Tá bem...



Avião sem asa, fogueira sem brasa

Sou eu assim sem você

Futebol sem bola. Piu-Piu sem Frajola

Sou eu assim sem você



Por que é que tem que ser assim?

Se o meu desejo não tem fim

Eu te quero a todo instante

Nem mil alto-falantes

Vão poder falar por mim



Amor sem beijinho,

Buchecha sem Claudinho

Sou eu assim sem você

Circo sem palhaço, namoro sem amasso

Sou eu assim sem você

To louca pra te ver chegar

To louca pra te ter nas mãos

Deitar no teu abraço, retomar o pedaço

Que falta no meu coração



Eu não existo longe de você

E a solidão é o meu pior castigo

Eu conto as horas pra poder te ver

Mas o relógio tá de mal comigo Porque? Pooooooorque?



Neném sem chupeta, Romeu sem Julieta

Sou eu assim sem você

Carro sem estrada, queijo sem goiabada

Sou eu assim sem você



Eu não existo longe de você

E a solidão é o meu pior castigo

Eu conto as horas pra poder te ver

Mas o relógio tá de mal comigo

Flickr-ing

Tenho uma conta no Flickr.

http://www.flickr.com/photos/piolhices/


Será a esperança Limitada? Nãaaa...

3.2.05

19/37






If you loose your faith, babe, you can have mine,

and if you're lost I'm right behind,

cause we walk the same line.



Now I don't have to tell you

how slow the night can go,

I know you've watched for the light.



And I bet you could tell me

how slowly four follows three,

and you're most forlorn just before dawn.



So if you loose your faith babe,

you can have mine,

and if you're lost, I'm right behind,

cause we walk the same line.



When it's dark baby,

there's a light I'll shine,

and if you're lost, I'm right behind,

cause we walk the same line.



And I don't need reminding

how loud the phone can ring

when you're waiting for news.



And that big old moon

lights every corner of the room.

Your back aches from lying

and your head aches from crying.



So if you loose your faith babe,

you can have mine,

and if you're lost, I'm right behind,

cause we walk the same line.



When it's dark baby,

there's a light I'll shine,

and if you're lost, I'm right behind,

cause we walk the same line.



And if these troubles

should vanish like rain on midday,

well I've no doubt there'll be more.



And we can't run and we can't cheat,

cause babe when we meet

what we're afraid of,

we find out what we're made of.



So if you loose your faith babe,

you can have mine,

and if you're lost, I'm right behind,

cause we walk the same line.



When it's dark baby,

there's a light I'll shine,

and if you're lost, I'm right behind,

cause we walk the same line.



EBTG, Amplified Heart

And counting...

Pus um counter nas piolhices...e não bloqueei as minhas próprias entradas de propósito. Sue me :-)

o-la-ré-pi-pu


Spot the differences.

2.2.05

Auto-retrato 1


A Manhã

Tivémos um poop episode histórico, quase épico. São os dentes, eu bem digo que são os dentes. Depois do leite veio o esforço, a cara vermelha, o som da diarreia e claro, o cheiro. Não, os cocós dos nossos bebés não nos cheiram bem, mas somos nós que temos que lidar com o assunto. À primeira vista não avaliei bem a situação. Depois seguiu-se o controlo de estragos. Ela estava obviamente incomodada e começou a chorar. Coitadinha. Foi preciso usar a banheira que os toalhetes não fazem milgres. Nem as mães, embora tentem. Só voltou a rir quando já estava limpinha e ao colo (e eu com a minha camisola preferida vestida que lá conseguiu escapar à intempérie).

Isto tinha sido a meio do meu pequeno-almoço. Pão torrado não se salva fora de tempo. Fomos à Câmara Municipal buscar umas burocracias (sim, que ninguém lá deixa nenhumas, só trazemos sempre mais). A mãe percebeu que não sabe onde está o BI.



perdido

do Lat. perditu

adj.,

disperso; sumido; extraviado; naufragado;

fig.,

apaixonado em extremo; devasso; louco; corrupto; gasto em vão; esquecido; condenado (por uma doença);

s. m.,

coisa que se perdeu;

pessoa corrompida, desgraçada.



Não, não está decerto perdido e eu não estou condenada à inépcia, embora algumas das minhas faculdades estejam um pouco sumidas.



inépcia

do Lat. ineptia

s. f.,

falta de entendimento; idiotismo, imbecilidade; incapacidade; acção ou dito absurdo; falta de aptidão; inabilidade.



Voltámos.

Já consegue entrar e sair do quintal sem tropeçar demasiado na calha da porta. Sopa na panela (que não deixamos queimar "porque a gente não quer saber se o Júlio vai casar com a irmã dela").

Email para avisar contactso da ausência de contacto. As tomadas, outra vez as tomadas. Puxa, palmadinha, puxa, palmadinha, ralhete, puxa, olha para medir estado de irritação da mãe, puxa, palmada e olhar severo, choro, choro, choro, choro...

Como isto de rabinar cansa muito, está ali a dormir um bocadinho. E do BI, nada.

1.2.05


A casa nova ainda está verde.

Hair styles


JVM

Eu leio sempre os textos do JVM no Público. É à terça-feira.

10/5

É oficial. As mães também ficam doentes. Esta aqui tem os brônquios inflamados por ter andado a fingir que não era nada. Antibiótico, uma coisa para liquefazer a expectoração (mas não vamos falar mais disso), comprimidos para a tosse e um raio X aos pulmões (scary). A tensão arterial estava 10/5 o que explica a sensação de levitação sobre o mundo material e porque é que não consegue ficar à espera de aves de rapina no verão do Douro Internacional (e não, não é pela mesma razão que a faz aborrecer-se perante a arte rupestre ou os menires).

Entretanto ficámos sem baby-sitter. Nunca mais é primavera...